Na pergunta dirigida ao ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, subscrita por nove deputados social-democratas, entre eles António Costa da Silva, eleito por Évora, o PSD pretende saber se o Governo “tem conhecimento da grave situação” ocorrida no final de novembro e no início deste mês.
Segundo os deputados, “nas noites de 28 para 29 de novembro” e “de 30 de novembro” a “02 de dezembro”, o hospital “teve apenas um anestesista de serviço”, ficando “esta rutura” a dever-se, “à ausência de um profissional, por licença de maternidade”.
Na pergunta, em que alude a uma reportagem da RTP sobre a falta de anestesistas no hospital de Évora, o PSD sublinha que, “em termos práticos”, a unidade “esteve três noites só com um profissional de serviço”.
Uma situação que, frisam os deputados, “contraria as regras impostas pela especialidade de anestesiologia”, cujo “critério de segurança fundamental” é a existência de uma “equipa mínima de dois anestesiologistas”.
Na pergunta dirigida ao ministro da Saúde, os parlamentares querem também saber quais as medidas que o Governo pretende adotar “para garantir, no futuro, a suficiência de anestesistas” no HESE e se o executivo já tomou “algumas medidas de urgência para impedir a repetição” da situação ocorrida.
O PSD refere ainda que a direção clínica do hospital, através de circulares internas, no final de novembro, informou que não tinha conseguido “preencher a escala de urgência com dois anestesiologistas, por motivos de escassez de recursos humanos”, e apelava “à compreensão de todos os profissionais, no sentido de apenas os doentes urgentes serem propostos para cirurgia”.
Nas noites em causa, não se registaram “ocorrências graves”, reconhecem os deputados, argumentando, contudo que, caso se tivessem verificado, “dificilmente poderiam ter sido resolvidas pelas equipas que se encontravam de urgência”.
“Estes problemas vêm agravar uma situação que merece cuidados redobrados”, pois, “o serviço de anestesiologia reveste importância fundamental para o HESE e constitui um garante da qualidade e segurança dos cuidados de saúde prestados”, que “não podem, em circunstância alguma, ser colocadas em causa”, pode ler-se no documento.
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