Esta explicação foi dada por Rui Rio no final de uma audiência com o primeiro-ministro, António Costa, em São Bento, depois de questionado pelos jornalistas sobre o facto de a Comissão Permanente do PSD ter divulgado um comunicado na quinta-feira, no qual se avançava com a intenção de ser apresentada uma queixa-crime contra António Costa.

No final do Conselho de Ministros, António Costa acusou o eurodeputado Paulo Rangel, o antigo ministro Miguel Poiares Maduro e o deputado Ricardo Batista Leite de estarem envolvidos numa campanha para denegrir a imagem externa do país durante a presidência portuguesa do Conselho Europeu.

Hoje, sobre esta polémica, Rui Rio manteve que o PSD "considera que, face às afirmações proferidas pelo primeiro-ministro, "se justifica e há matéria para queixa-crime".

"Se os visados a quiserem fazer, o PSD, solidariamente, acompanha essa queixa-crime. Não pode ser o PSD sozinho a fazer isso, até porque o partido não é diretamente visado. Visados foram três esses militantes", Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite.

Ou seja, de acordo com o presidente dos sociais-democratas, "se algum dos três militantes o quiserem fazer, então o PSD está solidário e acompanha".

"Compete a cada um deles decidir se o faz ou não. Penso que é não", acrescentou.

Na quinta-feira, o PSD anunciou que iria apresentar uma queixa-crime contra o primeiro-ministro, depois de António Costa ter acusado Paulo Rangel, Miguel Poiares Maduro e Ricardo Batista Leite de estarem envolvidos numa campanha para denegrir a imagem externa do país.

"As declarações de António Costa, ao afirmar a existência de uma campanha contra o nosso país, sem justificação ou fundamentação, revelam sem margem para dúvida um exercício delirante e inaceitável das funções de primeiro-ministro", criticou o partido, num comunicado da Comissão Permanente do PSD, núcleo duro da direção.

O partido considerou que "a acusação individualizada de três destacados militantes do PSD, agrava essa irresponsabilidade e justifica a apresentação de uma queixa crime contra o primeiro-ministro, junto do Ministério Público".

Numa publicação na rede social Twitter, um dos visados, Miguel Poiares Maduro, escreveu que não tenciona apresentar qualquer queixa-crime.

"Aprecio e agradeço a solidariedade do meu partido, mas não tenciono apresentar qualquer queixa-crime. Acredito que em democracia não há forma mais forte de censura do que a tem lugar na política", disse.

Também o eurodeputado Paulo Rangel, citado pelo Público, afastou a possibilidade de apresentar uma queixa-crime, justificando que coloca a questão no plano político.

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