"Entendemos perfeitamente que, incluindo ou excluindo o fator TPI, toda a discussão será apenas sobre isso. E isso perturbaria o trabalho do G20. Para quê? Somos adultos!", declarou o presidente russo durante um encontro com jornalistas estrangeiros.

Em março de 2023, o TPI emitiu um mandado de prisão contra Putin por supostamente deportar crianças ilegalmente desde que as forças do seu país começaram a ofensiva na Ucrânia em 2022.

Os países-membros do TPI, como o Brasil, são teoricamente obrigados a prendê-lo se entrar nos seus territórios.

No entanto, no início de setembro, Putin foi recebido na Mongólia, também membro do TPI, sem ser preso. O tribunal com sede em Haia lembrou que os seus países-membros têm a “obrigação” de prender pessoas sujeitas a um mandado de prisão. Na prática, contudo, o TPI não tem força coercitiva própria.

O Kremlin, que não reconhece o TPI, sempre rejeitou com firmeza as acusações do tribunal contra o presidente russo.

Entretanto, desde que o TPI emitiu o mandado de prisão, Putin tem evitado algumas viagens ao exterior. Entre outras, não foi à cimeira do Brics [Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] na África do Sul em agosto de 2023 e depois à cimeira do G20 na Índia em setembro do mesmo ano.