"Se a administração americana autorizar, estamos dispostos a fornecer os registos da conversa entre Lavrov e Trump ao Congresso e ao Senado americanos", disse Putin em conferência de imprensa em Sochi, junto ao primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni.

Adianta a Associated Press que Putin considerou a polémica que envolve Trump e Lavrov uma "esquizofrenia política", brincado inclusivamente sobre uma eventual reprimenda ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo por não ter "partilhado" esses segredos com o executivo de Moscovo.

Em causa está uma notícia avançada pelo The Washington Post em como Trump teria revelado informação secreta sobre o autoproclamado Estado Islâmico com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov. Essa informação versava a intenção do grupo extremista instalar explosivos em computadores portáteis, com a finalidade de fazer explodir aviões comerciais.

Enquanto a Casa Branca veio de imediato excluir a hipótese de Trump ter revelado informação sensível que compromete a segurança dos EUA, o próprio presidente veio defender, através do Twitter, o seu direito de partilhar informação com a Rússia.

A reunião de Trump com os enviados russos aconteceu um dia depois de o Presidente norte-americano ter despedido o diretor do FBI, James Comey, que liderava uma investigação a uma alegada coordenação da campanha eleitoral de Trump com o Kremlin.

O caso está a ser bastante polémico, com os analistas divididos relativamente à gravidade do assunto.