“Este foi um ano de decisões difíceis e necessárias, de passos extremamente importantes para alcançar a plena soberania da Rússia e uma poderosa consolidação da nossa sociedade”, afirmou Putin num discurso citado pela Efe e durante o qual surgiu acompanhado por elementos militares.
De acordo com o chefe de Estado, este ano “colocou muitas coisas no seu lugar” e distinguiu “a coragem e o heroísmo da traição e da falta de caráter”.
“Demonstrou que não há maior força do que o amor pela família e pelos entes queridos, lealdade aos amigos e camaradas de armas e lealdade à própria pátria”, sublinhou.
Segundo o líder russo, 2022 “foi um ano de acontecimentos cruciais e fatídicos” que lançou “as bases do futuro comum” do país, algo que é, na sua opinião, “a verdadeira independência”.
“É por isso que lutamos hoje. Estamos a defender o nosso povo nos nossos territórios históricos”, disse, referindo-se às regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia, anexadas pela Rússia em setembro, durante a invasão do país.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada por Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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