“A NATO efetua perigosas tentativas de utilizar o território ucraniano e reforça o seu potencial militar junto às nossas fronteiras, e por isso a Rússia mantém um sério interesse em seguras garantias jurídicas que excluam um alargamento da NATO a leste”, indicou o Kremlin em comunicado, após um encontro virtual “franco e profissional” entre os Presidentes russo e norte-americano.
O Kremlin tem desmentido qualquer projeto de invasão e tem acusado Washington de negligenciar as suas preocupações: crescente atividade de países da NATO no mar Negro, intenção ucraniana em aderir à Aliança Atlântica e ambição de Kiev de continuar a receber armamento do ocidente.
“A Rússia nunca teve a intenção de atacar quem quer que seja, mas temos linhas vermelhas”, tinha assegurado antes da cimeira virtual Dmitri Peskov, o porta-voz do Kremlin.
Diversos observadores, na Europa e nos EUA, consideram que Vladimir Putin faz “bluff” com a deslocação de forças para as fronteiras da Ucrânia, mas não excluem uma eventual ação militar. Para Moscovo, está excluída a possibilidade e a Ucrânia e a Geórgia, situadas junto à sua “zona de segurança” serem membros da NATO.
Na cimeira virtual que hoje decorreu entre os dois líderes, Joe Biden, “fez saber” a Vladimir Putin, em conferência virtual entre os dois líderes, que a Rússia arrisca “fortes sanções, incluindo económicas” em caso de escalada militar na Ucrânia, indicou hoje a Casa Branca.
Tratou-se da segunda reunião entre os dois líderes, depois de um encontro presencial realizado em junho passado em Genebra (Suíça).
Na sequência da sua conversa telefónica com Putin, que segundo as agências noticiosas russas durou cerca de duas horas e terminou próximo das 17:00 de Lisboa, Biden vai telefonar para o Presidente francês, Emmanuel Macron, para a chanceler alemã, Angela Merkel, para o primeiros-ministro italiano, Mario Draghi, e para o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
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