Reeleito em março com 76,7% dos votos, o resultado mais elevado desde que chegou ao poder, Putin impôs-se mais do que nunca como o homem forte de uma Rússia que ele recolocou na primeira linha na cena internacional, devido a tensões crescentes com o Ocidente.

Com uma grande margem em relação aos seus adversários e uma participação superior à das presidenciais de 2012, Putin agradeceu aos russos, na noite da reeleição, e disse ver na sua folgada vitória “a confiança e a esperança do povo”.

A oposição e as organizações não-governamentais russas apontaram milhares de irregularidades no escrutínio, entre as quais o enchimento de urnas e a chegada de autocarros transportando eleitores pressionados pelos respetivos empregadores.

A cerimónia de posse de Vladimir Putin foi precedida de uma série de manifestações anti-Putin realizadas no sábado em toda a Rússia, em resposta à convocatória do principal opositor do Kremlin, Alexeï Navalny.

Essas concentrações, que foram proibidas pelas autoridades, foram em muitos casos dispersadas pela força e resultaram em mais de 1.500 detenções, entre as quais a do próprio Navalny, libertado pouco depois.

Declarado inelegível devido a uma condenação penal que considerou orquestrada pelo Kremlin, Alexeï Navalny não pôde candidatar-se a estas eleições presidenciais.

Na véspera da anterior posse de Vladimir Putin, a 06 de maio de 2012, uma manifestação anti-Kremlin na praça Bolotnaïa, em Moscovo, ficou também manchada por confrontos com a polícia, e vários manifestantes foram, em seguida, condenados a penas em campos de trabalhos forçados.

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