“Cerca de 30% das famílias tinham dívidas com garantia da residência principal, sendo este o principal tipo de dívida das famílias”, conclui o Instituto Nacional de Estatística (INE) com base nos resultados do Inquérito à Situação Financeira das Famílias (ISFF), realizado entre março e julho de 2013, com uma amostra do mesmo inquérito feito em 2010, a 8.000 alojamentos familiares de residência principal.
Os dados do INE, hoje divulgados, mostram que, no segundo trimestre de 2013, quase 46% dos agregados residentes tinham alguma dívida, com um valor mediano de 48,5 mil euros.
Mais de 30% das famílias tinham dívidas com garantia da residência principal e 3,7% uma dívida hipotecária associada a outros imóveis.
O valor mediano da dívida hipotecária associada à residência principal era de 63,7 mil euros.
O valor mediano era menor para os níveis de riqueza mais elevados e diminuía com a idade do indivíduo de referência.
O valor da dívida hipotecária associada à residência principal tinha, em 2013, um peso dominante (82,4%) na dívida dos agregados familiares, enquanto o peso do valor da dívida associada a hipotecas de outros imóveis era de 10,6% e o de empréstimos não garantidos por imóveis era de 6,2%.
O peso do valor dos montantes em dívida relativos a cartões de crédito, linhas de crédito e descobertos bancários era de 0,8%.
Mas o peso das dívidas hipotecárias associadas à residência principal, no total da dívida das famílias, era menor quando o inquirido tinha 65 anos ou mais, era trabalhador por conta própria ou reformado, e nos 20% de agregados com menor riqueza líquida e para os 10% mais ricos.
Por sua vez, o peso das dívidas hipotecárias associadas a outros imóveis era maior no caso dos agregados com trabalhador por conta própria ou que tenha completado o ensino superior, bem como para os que tinham maior riqueza líquida e elevado rendimento.
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