“Governo não faz ideia de como meter o país a mexer”. Foi uma das muitas críticas que João Cotrim de Figueiredo fez ao executivo liderado por António Costa, apontando como evidências o aumento de "impostos, emigração e consumo de ansiolíticos". “Governo tem poder demais e competência a menos”, reforçou.

O presidente da IL defendeu ser preciso “convencer os portugueses” da necessidade de mudança e que o voto “mais útil” é nos liberais, dizendo ao primeiro-ministro que Portugal não precisa de “governantes que se agarrem ao poder”.

Contrapôs como alternativa as propostas da IL, nomeadamente de um "Portugal em que os portugueses sabem que podem subir na vida por mérito”. O líder reeleito dos liberais prometeu “um país onde os portugueses possam escolher o hospital”e  “realizar projetos de vida” e garantiu que o partido não deixará ninguém de fora.

Trazendo José Sócrates e os seus ministros que assumiram pastas no executivo de António Costa para o discurso, o presidente liberal criticou um governo “gordo e anafado” e que “manteve más companhias” como PCP e BE.

“Este é um Governo e um PS incompetente em tudo menos na propaganda e na manipulação”

Cotrim Figueiredo foi desfiando as críticas de um Governo “sem estratégia e sem qualquer vontade de reformar o país”, com uma “cegueira e teimosia ideológica” e no qual impera “o nepotismo, o amiguismo” porque, segundo o liberal, os socialistas “acham-se donos disto tudo”.

“Este é um Governo e um PS incompetente em tudo menos na propaganda e na manipulação”, condenou.

Mas foi na ideia de um “Governo totalmente incapaz de assumir qualquer responsabilidade política” que o presidente da IL se dirigiu diretamente ao primeiro-ministro, “famoso pela sua habilidade em se agarrar ao poder”.

“Portugal não precisa de governantes que se agarrem ao poder, precisa de governantes que devolvam esse poder às pessoas”, disse, num recado direto a António Costa.