Segundo a imprensa local, o jovem estudava na universidade que atacou na Praça Jan Palach, em Praga, e antes do crime terá matado o próprio pai.
Os meios do país avançam ainda que o atirador abriu fogo com uma espingarda de cano alto desde o quarto piso do edifício da faculdade e matou pelo menos 14 pessoas e feriu 25, antes de pôr termo à sua própria vida.
De acordo com o diário checo MF DNES, a polícia da região da Boémia Central iniciou as buscas por David Kozak após o corpo de um homem ter sido encontrado na aldeia de Hostouni, nos arredores de Kladno, a cerca de 30 quilómetros de Praga.
"Um homem que teve uma morte violenta foi encontrado em Hostouni durante a tarde. Relacionado com isto, começámos uma busca por outro homem, nascido em 1999, que é suspeito desta atividade violenta", adiantaram os agentes da polícia ao jornal, acrescentando que a vítima seria pai do suspeito. Juntamente com os colegas de Praga, verificaram e avaliaram que este evento estava relacionado com o tiroteio na faculdade de Letras da Universidade Charles.
David, de 24 anos, deixou o corpo do pai em casa e dirigiu-se a Praga, para estudar na faculdade de Letras. Segundo a polícia, esta quinta-feira, dirigia-se à universidade para uma palestra.
O jovem era ainda proprietário legal de várias armas e segundo a imprensa local sofria de problemas psicológicos.
O atirador estudava no Instituto de História Mundial. Em maio deste ano, ganhou o Prémio Marian Szyjkowski pelo seu trabalho final de licenciatura, concedido pelo Instituto Polaco de Praga para trabalhos focados na Polónia.
Em conferência de imprensa, o presidente da polícia checa, Martin Vondráček, disse que "às 12h45, a polícia recebeu a informação de que um homem morto tinha sido encontrado na cidade de Hostoun. Este homem era o pai do suspeito do tiroteio".
O chefe da polícia disse ainda que o autor do tiroteio foi inspirado por um "terrível" acontecimento semelhante no estrangeiro, segundo o canal checo ČT24. Sabe-se também que o jovem escreveu recentemente várias publicações nas redes sociais, nas quais indicava que planeava realizar o massacre.
Até ao momento, a polícia garante estar afastada a possibilidade do tiroteio estar ligado a terrorismo internacional, segundo Vit Rakusan, ministro do Interior checo, citado também pelo canal britânico BBC.
As autoridades estão ainda a fazer um perímetro de segurança em redor da Praça Jan Palach e áreas circundantes, e pediram aos cidadãos para não sair de casa e desviaram os transportes públicos.
O número de mortos continua a aumentar à medida que os feridos que estavam em estado crítico morrem, pelo que qualquer número avançado pode ainda aumentar.
Este é o tiroteio mais trágico da história da República Checa. Em 2015, oito pessoas morreram em Uherské Brod e, em 2019, seis pessoas morreram num tiroteio num hospital de Ostrava.
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