O Infarmed aprovou 14 pedidos de Autorização de Utilização Especial (AUE) do Kaftrio, medicamento para tratamento da fibrose quística, entre os quais seis do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN), confirmou hoje à Lusa uma fonte da agência.
Entre as aprovações, revelou a mesma fonte, está o pedido para a utilização do medicamento inovador na doente Constança Bradell, que se queixou da demora na aprovação em Portugal do tratamento destinado à fibrose quística, uma doença genética, hereditária e rara.
A sua história foi conhecida na passada sexta-feira quando lançou um apelo emocionado no seu Instagram, intitulado “não quero morrer”.
O caso de Constança teve ‘eco’ em vários partidos com assento parlamentar, que pediram ou exigiram esclarecimentos ao Governo e que este acelerasse o processo de aprovação do medicamento, nomeadamente o PS, o PSD, o PAN e o CDS-PP.
Em menos de 48 horas, Constança Braddell conseguiu angariar mais de 190 mil euros através da plataforma GoFundMe.
Agora, numa mensagem de agradecimento, a jovem afirma que, caso o montante angariado não seja necessário para o seu tratamento, visto que terá de tomar este medicamento para o resto da vida, o mesmo será entregue à comunidade de Fibrose Quística em Portugal para que "mais ninguém tenha que vir a passar pelo mesmo".
Na mesma publicação, Constança promete continuar a "lutar até ao fim, para que todos tenham equidade e igualdade no acesso a este e qualquer medicamento".
"A saúde é um direito de todos nós e não pode nem deve ser negado a ninguém. Questões burocráticas não se podem sobrepor à vida", acrescenta.
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