“Na região de Mehana, elementos terroristas perpetraram uma série de actos de violência hediondos contra civis indefesos. O balanço foi pesado e trágico: 14 pessoas perderam a vida e várias outras ficaram feridas”, afirmou o exército, sem indicar uma data, no seu último relatório sobre as operações realizadas entre domingo e quarta-feira.
Na terça-feira, outro civil morreu e três ficaram feridos na mesma zona durante um “confronto” com “terroristas”, acrescentou o último boletim de quarta-feira do exército.
Num contra-ataque, os soldados envolvidos em Mehana “neutralizaram dois terroristas”, “queimaram a mota de um dos atacantes” e “recuperaram alguns animais roubados”, lê-se no documento.
Os ataques visaram seis localidades da região de Tillabéri, situada na chamada zona das “três fronteiras”, nas fronteiras do Níger, Mali e Burkina Faso, que se tornou um refúgio para os jihadistas sahelianos filiados no Estado Islâmico e na Al-Qaeda.
Mehana faz parte do departamento de Téra, onde os combates opõem frequentemente os soldados do Níger da operação “Niya” aos jihadistas.
Os civis que vivem nestas zonas são frequentemente alvo das atrocidades cometidas pelos jihadistas, que provocam regularmente elevadas deslocações de habitantes.
Também na região de Tillabéri, na terça-feira, “um civil foi morto” e “três civis ficaram feridos” num “confronto violento” entre uma unidade de reconhecimento do exército e “terroristas” perto da cidade de Chatoumane, informou o exército.
“As forças de segurança reagiram eficazmente, neutralizando vários terroristas”, acrescentou.
O sudeste do Níger também enfrenta ataques do Boko Haram e do seu grupo dissidente, o Estado Islâmico na África Ocidental (ISWAP).
De acordo com a organização Acled, que regista as vítimas de conflitos em todo o mundo, cerca de 1.500 civis e soldados morreram em ataques jihadistas desde o golpe que levou um regime militar ao poder em 26 de julho de 2023.
Segundo a mesma fonte, entre julho de 2022 e 26 de julho de 2023, o número de vítimas mortais foi de 650.
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