Césio radioativo libertado durante o desastre na central, atingida pelo maremoto provocado pelo abalo de terra, concentrou-se nas areias e tem estado a escorrer para o oceano.
Nas semanas a seguir ao desastre, que ocorreu a 11 de março de 2011, césio 157 foi levado pelas correntes marinhas e acumulou-se na costa, onde se manteve agarrado à areia na mistura subterrânea de água doce com salgada.
Marés recentes soltaram aquele elemento radioativo, que rodeado de água salgada deixa de estar agarrado à areia.
"Não era esperado que os níveis mais elevados de césio na água do mar fossem hoje encontradas a muitos quilómetros de distância, em vez de no porto da central de Fukushima", afrirmou Virginie Sanial, uma das autoras do estudo publicado hoje no boletim da Academia Nacional das Ciências norte-americana.
Com metade dos 440 reatores nucleares no mundo localizados em zonas costeiras, esta fonte de contaminação radioativa persistente "precisa de ser tida em conta no controlo de centrais e em cenários de acidentes futuros", afirmam os autores do estudo.
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