O assunto dominou grande parte da intervenção de Rajoy numa ação partidária em Cerdedo-Cotobade, que tinha sido adiada por um dia para que o governante pudesse participar na manifestação celebrada em Barcelona contra o terrorismo.

Apesar da dor causada pelos recentes atos terroristas, Rajoy garantiu que o país não se irá deter, instando, neste contexto, os dirigentes a dedicarem-se ao “fundamental” e a deixar uma mensagem a Carles Puigdemont:

“O que devia acontecer é que algumas polémicas rançosas que nada acrescentam à coexistência sejam esquecidas”, afirmou.

Rajoy concretizou que, para si e para a maioria dos espanhóis, o melhor era que “alguns responsáveis políticos renunciem aos seus planos de rutura, divisão e radicalismo”.

“Acho que isso é o que também quer a maioria da sociedade catalã”, acrescentou o líder, que garantiu que o seu governo vai cumprir a responsabilidade de defender a soberania, a Constituição e a legalidade da Catalunha.

O número de mortos dos atentados da Catalunha aumentou para 16, após o falecimento hoje de uma cidadã alemã, de 51 anos, informou a proteção civil catalã.

“Esta manhã, uma mulher de 51 anos, de nacionalidade alemã, que tinha sido internada em estado crítico na unidade de cuidados intensivos do hospital do Mar de Barcelona, morreu”, anunciou o organismo, em comunicado.

Espanha foi alvo, a 17 de agosto, de dois ataques terroristas, em Barcelona e em Cambrils, na Catalunha, que fizeram 16 mortos, entre os quais duas portuguesas, e 125 feridos.

Os ataques foram reivindicados pelos extremistas do autointitulado Estado Islâmico.

Segundo as autoridades espanholas, a célula responsável pelos ataques era constituída por 12 homens, oito dos quais foram abatidos e quatro detidos após os ataques.

Dos quatro detidos, dois foram libertados condicionalmente e outros dois estão detidos sem fiança.