Falando à saída da residência de Paula Brito e Costa em Odivelas, que foi hoje alvo de buscas pela Polícia Judiciária (PJ), Pedro Duro afirmou que "não é previsível" que Paula Brito e Costa ou ele mesmo venham a prestar quaisquer declarações à comunicação social nos próximos dias.

O advogado de defesa disse desconhecer se a investigação dirigida pelo Ministério Público está em segredo de justiça, observando que, apesar de a Procuradoria-Geral da República (PGR) poder emitir comunicados sobre o inquérito se o caso justificar, não é sua intenção ou da sua constituinte prestar quaisquer declarações à comunicação social nos tempos mais próximos.

"A orientação que dei foi que as declarações que tinham que ser prestados à comunicação social já foram dadas, não serão dadas outras", frisou, notando contudo que esta regra poderá ser alterada quando houver "alguma decisão relevante" que faça sentido quebra o silêncio para esclarecer um determinado pormenor.

Pedro Duro desvalorizou o facto de Paula Brito e Costa ter sido constituída arguida ou estar indiciada da prática de crimes, sublinhando que "inquéritos há muitos", mas quanto a uma condenação logo se verá.

O advogado recusou-se a precisar que documentos ou material foi apreendido pela Polícia Judiciária na busca domiciliária e de que crimes está a sua constituinte indiciada, dizendo ainda desconhecer quem são as testemunhas no processo.

Paula Brito e Costa foi constituída arguida no âmbito da operação Raríssimas desenvolvida pela Polícia Judiciária e Ministério Público, disse à Lusa fonte ligada à investigação.

Segundo a mesma fonte, decorreram buscas na casa de Paula Brito e Costa, na sede da associação Raríssimas em Lisboa, na Casa dos Marcos, na Moita, a um gabinete de contabilidade e às instalações da Secretaria de Estado da Saúde.

A operação está a ser conduzida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.

Uma investigação da TVI mostrou documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente de Paula Brito da Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro para diversos gastos pessoais.

O caso já provocou a demissão do secretário de Estado da saúde Manuel Delgado, que foi consultor da Raríssimas, com um vencimento de três mil euros por mês, tendo recebido um total de 63 mil euros.

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