Em entrevista à estação pública de televisão Televisa, inquirido sobre se o Executivo mexicano aceitaria uma “oferta de tropas” do líder dos Estados Unidos, Sánchez disse: “A resposta é não, um contundente e rotundo não”.

Na semana passada, a tensa relação entre os dois países desde a chegada de Trump à Casa Branca aumentou devido à divulgação de uma conversa telefónica em que Trump terá oferecido ajuda ao seu homólogo mexicano, Enrique Peña Nieto, para combater o crime organizado.

Numa entrevista concedida no passado domingo ao canal Fox News, Trump comentou que, na chamada, Peña Nieto parecia “muito disposto” a receber ajuda dos Estados Unidos para lutar contra os cartéis de droga.

Contudo, hoje o porta-voz oficial mexicano disse desconhecer se na conversa telefónica se falou de tropas e classificou esta polémica como “um debate inexistente”.

“A Constituição mexicana não admite, em nenhuma circunstância, a operação de tropas estrangeiras no México. Não nos metamos num debate inexistente. A Constituição proíbe-o”, sublinhou.

Confirmou, no entanto, que os dois dirigentes falaram das armas e do dinheiro que entram ilegalmente no México procedentes dos Estados Unidos e reforçam o crime organizado.

O porta-voz mexicano disse ainda que o México não tem qualquer gravação da conversa mantida por Peña Nieto e Trump, pelo que também não existe uma transcrição da mesma que possa ser divulgada.