Devido à pandemia de covid-19 as regiões italianas estão atualmente divididas em três tipos de zonas (amarela, laranja e vermelha), em função da gravidade da situação epidemiológica local, e em cada semana a situação é revista por um comité científico.
Classificada como zona vermelha na semana passada, a região da Lombardia volta a ser zona laranja a partir de domingo, de acordo com um novo decreto assinado hoje pelo Ministério da Saúde.
O decreto especifica que o Governo teve em conta os “números revistos” relativos ao número de pessoas ainda positivas fornecidos retroativamente pela Lombardia em 20 de janeiro, validados na sexta-feira pelo Instituto Superior de Saúde, que aconselha o executivo.
A situação ainda suscitou hoje uma acesa troca de palavras entre a região da Lombardia e o Governo, com o presidente da região, Attilio Fontana, a afirmar-se “indignado” com a imprensa pela divulgação de informações “falsas” e “ofensivas para a Lombardia”, e anunciando que iria exigir uma indemnização por danos sofridos em alguns setores económicos.
“Se a Lombardia voltar a ficar laranja no domingo, deve-se ao facto de termos contestado os cálculos do Governo”, disse.
O ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza (Partido Democrata), respondeu que a Lombardia tinha de facto transmitido “dados errados”, que foram corrigidos pelos seus peritos, e afastou-se de polémicas “sem sentido que não fazem bem a ninguém”.
A Lombardia, onde a pandemia se desenvolveu antes de se espalhar pela Europa, registou de sexta-feira para hoje 1.534 novos casos de covid-19 e 104 mortes.
No domingo, a Sardenha muda de zona vermelha para zona laranja, o que já permite a circulação sem autorização. A Sicília e a província de Bolzano continuam como zona vermelha, que exige confinamento.
A Itália já registou 85.162 mortes e 2,45 milhões de casos positivos desde o início da pandemia, segundo os números de hoje.
Em todo o mundo a doença já provocou pelo menos 2.107.903 mortos resultantes de mais de 98,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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