“O governo britânico está seriamente preocupado com a tendência do Estado russo em adotar uma atitude maliciosa”, afirmou um porta-voz da diplomacia britânica, num comunicado.

A administração norte-americana liderada pelo Presidente Joe Biden anunciou hoje um conjunto de pesadas sanções financeiras contra a Rússia, visando 32 entidades e pessoas, tendo ainda determinado a expulsão de 10 funcionários diplomáticos da missão russa na capital norte-americana.

Tal decisão foi uma resposta a um ataque informático ocorrido em 2020, agora formalmente imputado à Rússia, que através de uma empresa de ‘software’ norte-americana, a SolarWinds, conseguiu introduzir códigos maliciosos e ter acesso às redes de várias agências federais norte-americanas.

A par de outras ações “imprudentes”, a administração norte-americana também acusou esta quinta-feira a Rússia de tentar interferir nas eleições presidenciais de 2020, que acabaram por ditar a vitória de Joe Biden.

Após a divulgação da posição norte-americana, a diplomacia britânica indicou que, durante a convocação, o embaixador russo em Londres, Andreï Kéline, foi notificado que os serviços de informações britânicos concluíram que os serviços secretos russos no exterior (SVR) estiveram na origem do ataque informático que utilizou a SolarWinds.

O representante diplomático foi “informado de que o Reino Unido irá continuar a trabalhar com (seus) aliados para denunciar e conter as operações dos serviços de informações russos”, acrescentou a mesma fonte.

Londres também “expressou as preocupações do Reino Unido sobre o reforço das forças militares russas na fronteira ucraniana e na [península] da Crimeia ocupada ilegalmente”, referiu ainda o ministério britânico.

“Estas atividades são ameaçadoras e desestabilizadoras. A Rússia tem de parar com as suas provocações e acabar com a escalada de tensões”, concluiu a diplomacia britânica.