Rishi Sunak, assim como Edi Rama e o proprietário da Tesla e da rede social X, Elon Musk, entre outros, foram convidados para a convenção anual do partido de extrema-direita Irmãos de Itália, pela primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, com quem também manteve uma reunião bilateral.

Na conversa no Palazzo Chigi, em Roma, os três chefes de governo concordaram sobre “a importância vital de enfrentar o flagelo da migração ilegal” e celebraram “os progressos alcançados até à data”, segundo o comunicado do Governo de Londres.

Os três líderes “concordaram em intensificar a atividade conjunta” contra os gangues de tráfico de seres humanos e confirmaram que, a nível geral, são necessárias soluções estruturais que classificam de “inovadoras”, como a política britânica de envio de migrantes irregulares para o Ruanda como ferramenta de dissuasão – uma medida controversa, inclusivamente dentro do partido Conservador de Sunak, que já foi rejeitada pelo Supremo Tribunal britânico e está entretanto a ser relançada.

Itália e Albânia, um país que não pertence à União Europeia (UE), assinaram em novembro um acordo que prevê a criação em território albanês de centros de identificação e acolhimento para os migrantes resgatados no Mediterrâneo, com uma capacidade ao ano para 36.000 pessoas.

O objetivo consiste em que nesses centros se proceda aos pedidos de asilo e que desde esses locais sejam repatriados, eventualmente para os países de origem, os migrantes que não obtiverem esse estatuto, uma medida que permitiria a redução do número de migrantes em território italiano.

No seu encontro com Meloni, Sunak confirmou que o Reino Unido participará no Processo de Roma patrocinado pelo Governo italiano, que visa travar a imigração ilegal abordando as causas, indicou o comunicado de Londres.

Ambos os primeiros-ministros comprometeram-se a cofinanciar um projeto para promover e facilitar o regresso voluntário de migrantes da Tunísia ao seu país, disse o Governo britânico.

Pelo menos 2.480 migrantes morreram ou desapareceram nas águas do Mediterrâneo até novembro, o que já supera o número total de 2022, segundo as estatísticas atualizadas da Organização Internacional para as Migrações.

Sunak e Meloni também discutiram questões geopolíticas, como a situação em Israel e Gaza, e reafirmaram o seu apoio “inabalável” à Ucrânia.