Este ponto de passagem entre Rafah, no sul da Faixa de Gaza, e o Egito é controlado por palestinianos e egípcios.

No entanto, como salientou a RSF no comunicado, “Israel controla todas as atividades na fronteira sul e bombardeou quatro vezes esta entrada fronteiriça no início da guerra”.

Na mesma nota, a organização apelou às autoridades israelitas e egípcias para que “abram os portões” do posto fronteiriço “para que os jornalistas possam finalmente entrar e sair dos dois lados da fronteira”.

“Os jornalistas que tiveram de se deslocar do Norte [da Faixa de Gaza] são agora obrigados por Israel a reunirem-se na fronteira com o Egito, sem possibilidade de a atravessar. Por outro lado, os jornalistas internacionais são impedidos de entrar”, sublinhou a organização.

“Em dois meses de guerra, nem um único jornalista foi autorizado a entrar na Faixa de Gaza através de Rafah, o que prejudica claramente a capacidade dos meios de comunicação social de cobrir o conflito”, acrescentou.

Por outro lado, lembrou que “58 jornalistas foram mortos em Gaza, 14 dos quais no exercício das suas funções, por ataques israelitas”.

Em represália ao ataque de 07 de outubro, que as autoridades israelitas afirmam ter matado 1.200 pessoas, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e o seu exército está a levar a cabo bombardeamentos no território palestiniano sitiado, em paralelo com uma vasta operação terrestre lançada a 27 de outubro.

Na terça-feira, o Ministério da Saúde do Hamas informou que 16.248 pessoas tinham morrido nos bombardeamentos israelitas em Gaza, 70% das quais mulheres, crianças e adolescentes.