O caso foi noticiado pela TVI esta quarta-feira, 13 de novembro. O empresário alemão Matthias Schmelz, conhecido por ser o representante em Portugal dos aspiradores da marca Rainbow, está a ser investigado por suspeitas de lenocínio e de pagar por orgias com menores na sua casa na zona de Cascais, avançou a estação de Queluz.

Contactada pelo SAPO24, a PGR confirma a existência de um inquérito "que corre termos no DIAP de Lisboa". A nota acrescenta que não há "arguidos constituídos e está em segredo de justiça".

À TVI Matthias Schmel negou ter praticado qualquer crime e recusou fazer mais comentários.

Matthias Schmelz, 59 anos, é suspeito de aliciar jovens de classe alta e média alta, a maioria menores, entre os 16 e os 17 anos, para orgias em sua casa, a troco de dinheiro. De acordo com a estação, o empresário recrutava as jovens via aplicação WhatsApp e pagava em média, a cada uma, 500 euros por sessão de sexo. A mesma fonte avança ainda que o empresário chegava a ir buscar as raparigas à porta das suas escolas em Lisboa e na linha de Cascais. As orgias aconteciam durante o dia, a seguir às aulas e envolviam, pelo menos, duas raparigas.

De acordo com a TVI, o empresário foi primeiro denunciado por uma mãe indignada por saber que a filha menor tinha sido aliciada para uma orgia. Um assalto à sua casa na zona de Cascais, na noite de 21 de março, enquanto o empresário estava no estrangeiro, deu novos desenvolvimentos ao caso.

Nessa noite uma jovem de 18 anos, que tinha ficado responsável pela casa, e um grupo de amigos foram vítimas de sequestro e assalto armado encomendado por outra jovem, que também conhecia a moradia. Durante o assalto, um dos jovens conseguiu telefonar para o 112, que deu o alerta para a central da PSP.

A PSP conseguiu deter os assaltantes quando estes tentavam fugir e identificar a jovem suspeita de ter ordenado o crime. No dia seguinte, os suspeitos do assalto foram presentes a tribunal, tendo denunciado as atividades que Matthias Schmelz organizaria na moradia. Acrescenta a TVI que foi por essa altura que Matthias Schmelz soube que estava a ser investigado.

Matthias Schmelz chegou a Portugal em 1993.