A participação dos paraquedistas ocorreu em Bangui, capital da República Centro-Africana (RCA), “durante as negociações realizadas para a reconciliação entre os grupos de autodefesa e os comerciantes do terceiro distrito”, que decorreram desde sábado até terça-feira, na sequência dos recentes confrontos, dos quais resultaram 50 vítimas mortais e 80 feridos.
“Foram empenhados para garantir a segurança da representante especial adjunta do secretário-geral da ONU para esta Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana (MINUSCA), senhora Denise Brown”, informou o gabinete do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, em comunicado.
No sábado, houve uma reunião, realizada na Mesquita do PK 5, no terceiro distrito, em Bangui, que contou “com a participação dos mais importantes representantes da ONU, do poder e autoridades locais e das partes em conflito e teve por objetivo aproximar as partes para pôr fim à violência”.
Na terça-feira, último dia de 2019, realizou-se uma nova reunião, seguida da cerimónia solene para “marcar o encerramento dos confrontos e pôr fim à violência”, que decorreu na rotunda do PK5, com a presença das mais altas entidades civis e militares da MINUSCA e do ministro do Interior do Governo Centro-Africano, general de brigada Henri Wanzet-Linguissara, disse fonte das Forças Armadas portuguesas.
Portugal está presente na RCA desde o início de 2017, no quadro da MINUSCA, com a 6.ª Força Nacional Destacada e militares na Missão Europeia de Treino Militar-República Centro-Africana, cujo 2.º comandante é o coronel António Grilo.
A 6.ª Força Nacional Destacada, que tem a função de Força de Reação Rápida, integra 180 militares, na sua maioria paraquedistas, pertencendo 177 ao Exército e três à Força Aérea.
Na RCA estão também 14 elementos da Polícia de Segurança Pública (PSP).
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