Michelle Bachelet acrescentou que a sua visita à região noroeste da China de Xinjiang não é uma “investigação” sobre alegados abusos contra minorias muçulmanas na área, como os uigures.
Numa conferência de imprensa virtual para assinalar o final da sua viagem, que começou na segunda-feira, a ex-presidente chilena esclareceu que uma visita de “alto nível” como a sua não permite a “metodologia detalhada” de um “trabalho de natureza investigatória”.
Aquela responsável adiantou que o governo regional de Xinjiang lhe assegurou que a rede de “centros de formação profissional”, acusada por organizações de direitos humanos de ser uma rede de “campos de reeducação”, tinha sido “desmantelada”.
A região chinesa de Xinjiang tem sido desde há muito cenário de ataques contra civis cometidos, segundo o Governo, por separatistas e islamistas uigures.
Em nome do antiterrorismo, o território tem sido objeto de vigilância apertada desde há vários anos e estudos ocidentais acusam Pequim de ter internado mais de um milhão de uigures e membros de outros grupos étnicos muçulmanos em “campos de reeducação”.
A China, por seu turno, denuncia relatórios tendenciosos e fala de “centros de formação profissional” concebidos para erradicar o extremismo.
Na conferência de imprensa de hoje, a ex-presidente chilena, de 70 anos, assegurou que Pequim “não tinha supervisionado” as suas reuniões em Xinjiang.
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