Segundo noticia a agência EFE, quando estão contados 95% dos votos, o Partido da Liberdade (PVV) de Geert Wilders, fica na segunda posição, com 20 deputados (13% dos votos), quando nas últimas eleições tinha conquistado 15 assentos parlamentares. Será, assim, o maior partido da oposição se, como se prevê, não entrar no executivo de Mark Rutte.

A maioria das formações políticas manifestou durante a campanha eleitoral que não pretendia aliar-se com Geert Wilders, mas, depois de se ter ficado a saber que ficou colocado em segundo lugar nas eleições, Wilders afirmou-se pronto para integrar o futuro Governo holandês caso seja convidado.

No entanto, Mark Rutte, reeleito agora para um terceiro mandato à frente do Governo da Holanda, garantiu, nas semanas que antecederam o escrutínio, que a probabilidade de governar com Geert Wilders “não é era de 0,1, mas sim de zero”.

Os liberais do VVD continuarão a ser a formação mais votada (21% dos votos) e o seu líder, Mark Rutte, terá prioridade para tentar formar governo, embora tenha perdido oito deputados face às eleições de 2012. Rutte poderá procurar coligar-se com os democratas cristãos do CDA ou os liberais progressistas do D66, partidos que ficaram empatados em terceiro lugar, com 19 deputados cada, uma subida de seis e sete assentos, respetivamente.

No quinto lugar ficaram o SP (Partido Socialista, à esquerda do trabalhista), que perde um deputado e fica com 14, e os Verdes da Esquerda, o partido que mais subiu nestas eleições, passando de quatro para 14 deputados.

Os sociais-democratas do PvdA (Partido do Trabalho), que nos últimos quatro anos governaram em coligação com o VVD, sofreram uma derrota histórica e passam de 38 para nove deputados.

O Partido dos Animais passa de dois para cinco deputados, empatando com os Cristãos Unidos, que obtiveram o mesmo resultado das últimas eleições.

As duas últimas formações terão três assentos e serão os calvinistas do SGP, que também repetem o resultado, e o Denk, uma excisão de dois ex-deputados turco-holandeses do PvdA que surge como novo partido na Câmara Baixa e que fez a campanha dirigida à comunidade imigrante e a pessoas com dupla nacionalidade.

No total, 12 partidos têm assento no Parlamento holandês, mais dois do que em 2012, e ficam de fora o Novas Maneiras, o Partido Pirata, o Voor Nederland e o Artikel 1.