Depois de um jantar de trabalho no domingo, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, interrompeu a reunião plenária, supostamente por 45 minutos, segundo o anúncio do seu porta-voz, mas este reinício foi, sucessivamente, adiado, tendo os trabalhos tido sido retomados já perto das 05:50 (menos uma hora em Lisboa).

“Quarto dia do Conselho Europeu sobre o Quadro Financeiro Plurianual e o Fundo de Recuperação. Os 27 líderes estão de volta à sessão plenária após uma longa pausa”, escreveu o porta-voz de Charles Michel numa publicação feita na rede social Twitter.

Porém, cinco minutos depois, o porta-voz informou através da mesma plataforma que “o plenário terminou”, sendo que os trabalhos formais serão “retomados mais tarde, pelas 14:00”, menos uma hora em Lisboa.

O porta-voz voltou a atualizar a informação dizendo que, afinal, a sessão plenária será retomada pelas 16:00, menos uma hora em Lisboa.

De acordo com fontes europeias, sobre a mesa estará uma proposta que mantém o montante global do Fundo de Recuperação em 750 mil milhões de euros – como propunha a Comissão –, com os subsídios a fundo perdido a pesarem 390 mil milhões de euros, montante que já terá tido ‘luz verde’ dos 27.

Tanto o plano franco-alemão como a proposta da Comissão Europeia defendiam subvenções num montante de 500 mil milhões de euros, algo rejeitado pelos chamados países ‘frugais’ (Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca), que exigiam que as subvenções ficassem abaixo dos 400 mil milhões de euros.

O objetivo de Charles Michel para esta madrugada passou, então, por tentar ‘fechar’ o Fundo de Recuperação, deixando as negociações sobre o Quadro Financeiro Plurianual da União de 2021-2027 para depois de algumas horas de sono, esta tarde.

Reunidos desde sexta-feira de manhã, os líderes europeus não lograram ainda chegar a um acordo sobre o próximo quadro orçamental para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação, os pilares do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise da covid-19.

O terceiro dia da cimeira, no domingo, foi o mais longo até ao momento, num total de mais de 20 horas de negociações sem interrupções, tanto à margem, como em plenário.

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