“Não recebi nenhuma garantia de que o protesto iria terminar”, afirmou João Pedro Matos Fernandes numa conferência de imprensa no Ministério do Ambiente, em Lisboa, no final de uma reunião que teve com representantes das associações de taxistas.
Centenas de taxistas estão desde a manhã de hoje em protesto junto ao aeroporto de Lisboa, bloqueando o trânsito até à rotunda do Relógio, em protesto contra a atividade das plataformas Uber e Cabify.
O presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) e o seu congénere da Federação Portuguesa do Táxi (FPT) foram chamados para uma “reunião de urgência” no Ministério do Ambiente, iniciada cerca das 12:30, depois de confrontos entre taxistas e a polícia junto ao aeroporto de Lisboa.
Um grupo de taxistas que participa na manifestação que hoje decorre em Lisboa saiu dos carros e bloqueou o acesso ao aeroporto, registando-se confrontos com a polícia, que tentou impedir o bloqueio, perto das 11:00, junto à Rotunda do Relógio (por baixo do viaduto da Segunda Circular).
Os ânimos exaltaram-se e os taxistas acabaram por atirar à polícia garrafas de água e sumos. Os agentes responderam atirando petardos e ‘very lights’ e afastando os manifestantes.
Até ao final da manhã, a PSP deteve três pessoas que participavam na manifestação, na zona do aeroporto, disse à agência Lusa fonte oficial da PSP.
Os taxistas que estavam na Rotunda do Relógio, em Lisboa, deixaram os carros para tentar cortar a estrada de acesso ao aeroporto por verem outros profissionais, alegadamente da Uber, a fazer o transporte de passageiros e regressaram ao aeroporto.
Os taxistas começaram hoje, às 09:00, no Parque das Nações uma marcha lenta em Lisboa, quase seis meses depois de terem feito um protesto idêntico, em luta contra a regulação, proposta pelo Governo, da atividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify. O fim previsto da manifestação era a Assembleia da República.
As plataformas Uber e Cabify permitem pedir carros descaracterizados de transporte de passageiros através de uma aplicação para ‘smartphones’, mas estes operadores não têm de cumprir os mesmos requisitos – financeiros, de formação e de segurança – do que os táxis.
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