No encerramento da rentrée política do BE, Ricardo Robles - num discurso que antecedeu a líder bloquista, Catarina Martins - falou do direito à habitação como uma "primeira prioridade" que o BE tem por todo o país e recordou que "o pouco que se conseguiu alterar no regime de arrendamento urbano, a lei Cristas que fragilizou tanto os inquilinos de todas as cidades do país, foi por pressão do BE".
"A pergunta que colocamos é se o PS está disponível para ir mais longe. Temos que alterar mais esta lei, ainda não estão garantidos os direitos para quem quer viver nas cidades deste país", desafiou.
Concretamente sobre a pré-campanha à Câmara de Lisboa, o candidato do BE considerou que esta trouxe "uma novidade e uma confirmação".
"A novidade é que já toda a gente reconhece que há crise na habituação. Da direita, a ex-ministra Assunção Cristas já disse que temos um problema na habitação e no PS, Fernando Medina, atual presidente da câmara, também já nos disse que temos que resolver este problema, ele o responsável pela crise da habitação em Lisboa", sintetizou.
Já a confirmação, para Ricardo Robles, "é que nem o PS nem a direita têm qualquer solução para este problema", aparecendo "o BE para apresentar soluções sobre o direito à habitação".
"Nem o PS nem a direita querem mexer um milímetro no mais importante: Vistos Gold e lei de isenções fiscais aos residentes não habituais", acusou.
A segunda prioridade para o candidato do BE à autarquia da capital são os transportes públicos e, por isso, é que "tem que ser a cidade a gerir os seus transportes" e é tão importante a municipalização da Carris.
Robles garantiu ainda "transparência e participação" na gestão autárquica, considerando que em Lisboa, como no país, o BE vai fazer a diferença nas próximas autárquicas.
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