"Eu gostei não só da estreia do líder parlamentar do PSD como do debate como um todo", respondeu Rui Rio aos jornalistas quando questionado sobre o debate quinzenal com o primeiro-ministro de quarta-feira, o primeiro de Fernando Negrão.

Para o presidente do PSD, que não tem assento no parlamento, "aqueles debates, a existirem, têm de ser uns debates mais tranquilos, mais calmos, mais esclarecedores".

"Quando nós transformamos o parlamento numa arena de uns contra os outros, a gritar, eu acho que isso descredibiliza o parlamento e descredibiliza os protagonistas. O debate de ontem (quarta-feira), muito pelo tom que o doutor Fernando Negrão imprimiu, foi um debate com um cariz diferente e eu acho que é um cariz melhor", elogiou.

Na opinião de Rio, desta forma, "fala-se de uma forma mais tranquila, mais pausada, esclarece-se ou não - uma vez que "uns sentem-se esclarecidos, outros não" - e "a imagem do parlamento sai reforçada quando assim é".

"Pode ser menos apelativo para as televisões, mas para o povo é seguramente mais credibilizador", observou.

O líder social-democrata sustentou que "o normal é que sejam debates esclarecedores e pausados", salvo as "circunstâncias especiais em que as pessoas se podem irritar um pouco mais", o que diz ser "normal da vida parlamentar".

"As pessoas não têm que estar a guerrear-se com muita violência", apelou.

No debate quinzenal com o primeiro-ministro de quarta-feira, Fernando Negrão manifestou toda a disponibilidade para dialogar com o Governo em nome do "interesse nacional", mas prometeu ao mesmo tempo uma "oposição responsável, construtiva e firme".

Na resposta, António Costa disse reencontrar Fernando Negrão "com gosto", depois de se terem cruzado na Câmara Municipal de Lisboa e em outras funções, e saudou a forma como este disse encarar os debates quinzenais.