"Eu não estou satisfeito por haver um acordo nas listas, eu estou satisfeito por haver unidade política, e essa está conseguida. É materializada com as listas, tanto melhor, se não fosse também não era dramático. Aquilo que é relevante é a unidade política, a unidade que se conseguiu entre os apoiantes, particularmente entre o doutor Pedro Santana Lopes e eu próprio, isso é que é importante", defendeu Rui Rio.
Falando aos jornalistas à entrada para o segundo dia do 37.º Congresso Nacional do PSD, que decorre em Lisboa, Rui Rio referiu que o líder distrital de Lisboa, Pedro Pinto, "deu um contributo muito importante" para as negociações que foram fechadas perto das 04:00 da madrugada de hoje para uma lista de unidade ao Conselho Nacional.
Referindo-se ao seu discurso de sexta-feira, o presidente eleito dos sociais-democratas reiterou que o PSD, com a sua liderança, será "um partido completamente aberto a dialogar com os outros partidos, não é com o PS, é com os outros partidos, todos".
Esses acordos, sublinhou, visam "reformas fundamentais para o futuro do país e que só com entendimentos partidários é que se conseguem", o que "não tem nada a ver com a formação de um Governo".
"Tem a ver com acordos ao nível parlamentar e muitos deles com a participação da própria sociedade", declarou.
Rio vincou que "nunca coisa diferente, as pessoas é que quiseram interpretar coisas diferentes".
"Acha possível que, tendo o PSD ganho as eleições em 2015, houvesse agora um acordo com o PS a liderar? Isto não tem pés nem cabeça, não faz sentido nenhum", declarou.
Acompanhado pelo líder da distrital de Aveiro, Salvador Malheiro, com quem chegou ao Centro de Congressos de Lisboa, Rui Rio afirmou ainda que o consenso político com o seu adversário nas diretas foi fácil.
"O consenso político entre mim e o doutor Santana Lopes foi fácil, muito fácil, o consenso político entre apoiantes, na minha leitura, também é fácil, depois, como disse ontem [sexta-feira] o doutor Santana Lopes e bem, há aqui um problema de espaço, onde há trinta lugares, não há lugar para 60 pessoas", afirmou.
Questionado sobre se estes acordos garantem efetivamente um clima de unidade no partido, respondeu: "De uma forma clara, sim, depois se vai haver um nicho ou outro mais descontente, há sempre, mas também temos de ter alguns adversários".
O anúncio da composição das listas nacionais será feito pelo próprio Rui Rio, de acordo com uma prática que já vem da liderança de Pedro Passos Coelho.
O prazo para entrega das listas termina às 19:00, devendo esse anúncio ocorrer ao final da tarde.
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