“Sim, se for o mesmo Orçamento, é evidente”, afirmou Rui Rio, numa entrevista à CMTV, questionado se o PSD votará contra se António Costa “forçar” a votação de um documento igual ao que foi rejeitado.
Para Rui Rio, se o PS vencer as legislativas, António Costa deve ter “predisposição para negociar o OE com os outros partidos”, incluindo o PSD.
“Mas ele não diz nada disso, diz que se o PS ganhar logo se vê. Logo se vê é instabilidade”, criticou.
Na entrevista à CMTV, Rio voltou a dizer que o cenário que considera “mais provável” como resultado das eleições antecipadas de 30 de janeiro é o PSD vencer, mas sem maioria absoluta.
“Aí eu espero que os outros partidos, em particular os que me são mais próximos, negoceiem comigo para que possamos ter um Governo. Estou disposto a fazer exatamente a mesma coisa se o resultado for o contrário, uma vitória do PS sem maioria absoluta”, afirmou.
“Democraticamente negoceio, não é dizer ‘apresenta o que queres que está passado’, nem quero que façam o mesmo comigo”, ressalvou.
Na mesma entrevista, Rui Rio reiterou que, se tivesse sido primeiro-ministro nos últimos anos, teria deixado falir a TAP para criar outra empresa de raiz, como fizeram outros países com as suas companhias de bandeira devido à pandemia de covid-19.
“Olhando para todo o historial, não confio que a TAP consiga libertar-se de uma série de vícios que tem dentro para se tornar uma empresa rentável”, admitiu.
Ainda assim, o presidente do PSD comprometeu-se a, se vencer as eleições, prosseguir a capitalização da TAP conforme previsto no plano de reestruturação para depois, “com calma, vender bem” a empresa.
“Depois de meter 2 mil milhões de euros não ia perder esse dinheiro todo. Depois de capitalizar, obviamente temos que privatizar a TAP para acabar com esta pressão nos impostos dos portugueses”, reiterou.
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