“Eu agora vou iniciar um processo de diálogo estruturado com ambas as listas [opositoras], precisamente para conseguirmos conjugar esforços e ter órgãos nacionais do partido que sejam representativos das várias sensibilidades que se apresentaram a congresso, é precisamente isso agora que farei, sendo certo que amanhã procurarei apresentar listas que espelhem este pluralismo interno que o congresso refletiu”, afirmou aquele que deverá ser o próximo presidente do CDS.

Falando aos jornalistas pouco depois de ter sido anunciado que a moção que apresentou ao congresso foi a mais votada, tendo contado com 46,4% dos votos, Rodrigues dos Santos apontou que, a partir de agora, conta com João Almeida e Lobo d’Ávila, bem como “com todos os militantes do CDS que decidiram integrar essas duas moções de estratégia global”.

Assim, admite falar com eles e entender o convite para se juntarem a ele "nas próximas equipas" para liderar o CDS.

“Vamos começar a formar as nossas equipas que comporão a liderança do CDS para os próximos dois anos e aí, naturalmente, que eu irei também ao encontro de militantes do partido que se encontraram afetos a outras candidaturas mas que eu reconheço talento, competência, energia e qualidade para abraçar, o futuro do CDS”, assinalou.

Francisco Rodrigues dos Santos salientou que o seu “propósito” passa por “permitir que haja uma reunião em torno deste caderno de encargos, da estratégia que foi aprovada em congresso e, depois, saibamos escolher que perfil é que se indica para cada uma das posições que compõem os órgãos nacionais do partido”.

“Esta é uma altura em que temos de definir o nosso plantel para os próximos dois anos”, o que acontecerá nas próximas horas, apontou, observando estar “absolutamente confiante” que vai “conseguir estabelecer pontos de entendimento” que façam do CDS um partido “unido, coeso”, para enfrentar os desafios que se avizinham.

O candidato vincou igualmente que os candidatos têm “um desígnio comum” que os une, “que é o partido”.

“E, pese embora tenhamos disputado uma eleição do CDS, a verdade é que aquilo que nos une é muito maior do que aquilo que nos separa”, acrescentou.

Aos jornalistas, Francisco Rodrigues dos Santos apontou não acreditar que João Almeida e Lobo d’Ávila apresentem listas conjuntas à Comissão Política Nacional, e lembrou a “tradição não escrita em que o candidato cuja moção foi mais votada tem o direito de apresentar listas próprias aos órgãos nacionais do partido”.

Sobre o grupo parlamentar, o candidato apontou que se vai reunir com os cinco deputados eleitos para perceber se a atual líder, Cecília Meireles, se manterá no cargo, mas salientou que conta com a sua confiança.

Como não foi eleito, e não estará na Assembleia da República, o próximo líder quer ser um "deputado sombra".

Depois de terem sido anunciados os resultados no palco principal do 28.º Congresso do CDS, o candidato que até agora liderava a Juventude Popular cumprimentou os candidatos Abel Matos Santos – que desistiu a seu favor – e Filipe Lobo d’Ávila, cuja moção foi a terceira mais votada.

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