Questionado pelos jornalistas sobre casos de profissionais de saúde ainda a cumprir 40 horas de trabalho semanais, Rui Rio vincou que o país “não tinha condições para passar das 40 para as 35 horas” de trabalho neste setor.

“Há setores que têm condições e há setores que não têm condições. O setor da saúde não tem condições”, sublinhou, referindo que esta alteração ao horário de trabalho surgiu no âmbito do compromisso do Governo com o Bloco de Esquerda e com o PCP.

Para o líder social democrata, esta alteração resulta de “um objetivo de natureza político-partidária que vem agora em prejuízo das populações e dos próprios profissionais, porque não é nada agradável para os profissionais de saúde estarem a trabalhar nesta situação de aperto – em que estavam e estarão mais”.

Questionado sobre as reivindicações dos professores e sobre as declarações de António Costa de que para se investir no IP3 não se investe na evolução das carreiras, Rui Rio aplicou o mesmo raciocínio, frisando que, “quando um Governo se compromete com os professores a fazer a revisão das carreiras num dado termo tinha que ter a certeza que o podia fazer ou pelo menos como o poderia fazer”.

“Que os meios são escassos e se aplica num determinado objetivo e não se pode aplicar noutro, isso é evidente. Mas então, eu comprometo-me com o objetivo que posso fazer e não com um que não posso fazer. Agora, o que é lógico é que não podemos ir para lá do que é possível”, referiu o líder do PSD.

Rui Rio falava aos jornalistas em Oliveira do Hospital, durante uma visita aos concelhos da região Centro afetados pelos grandes incêndios de outubro de 2017.