“As informações que eu tenho é que, neste momento, é possível o Governo atingir em 31 de dezembro os objetivos do défice a que se propõe, que está no Orçamento de Estado, eventualmente até um pouco melhor, mas isso já depende também da contabilização de alguns aspetos de natureza extraordinária. Em princípio penso que vai ser alcançado”, disse Rui Rio em declarações aos jornalistas na sede do PSD/Porto.

O défice situou-se em 1,9% do PIB no primeiro semestre do ano, em contas nacionais, abaixo dos 6,1% registados no período homólogo, mas acima da meta do Governo para o conjunto do ano, de 0,7%, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o INE, no conjunto do 1.º semestre de 2018, o saldo global das Administrações Públicas fixou-se em -1.864,7 milhões de euros, representando -1,9% do PIB [Produto Interno Bruto] (-6,1% em igual período do ano anterior)”.

A evolução homóloga do saldo orçamental “resulta primordialmente do impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, ocorrida no primeiro trimestre de 2017”, explica o INE.

A melhoria está ainda associada ao “ajustamento da delimitação setorial das Administrações Públicas ao nível das empresas públicas e ao ajustamento temporal de impostos e contribuições”.

O Governo mantém a meta do défice em 0,7% para o conjunto do ano, apesar de o Conselho das Finanças Públicas ter revisto na quinta-feira em baixa a sua projeção para 0,5% em 2018.