Questionado sobre se, apesar dessa apreciação negativa, está disponível para mais debates com os adversários Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, Rio disse que, para já, não há qualquer debate marcado, só em negociação, e que terá de refletir.

“Tenho de fazer uma reflexão, por um lado temos de esclarecer as pessoas, pode ser por várias formas: debates, entrevistas, contacto direto, que é o mais importante e eu tenho feito isso e os outros candidatos também estão a fazer. Os debates têm sempre estas condicionantes, vamos ver”, afirmou, questionado pelos jornalistas no final de uma visita às instalações da 4.ª Divisão da PSP em Lisboa.

No primeiro debate entre os três candidatos à liderança do PSD, na RTP, a primeira parte ficou marcada por troca de acusações de hipocrisia e de maus resultados em diferentes momentos da história do partido, com Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz a negarem pertencer à maçonaria, depois de Rui Rio o ter afirmado.

Já na segunda parte, mais sobre o país, os candidatos manifestaram-se de acordo na crítica ao modelo económico do atual Governo, considerando excessivo o peso dos impostos nas famílias e empresas.

“A primeira parte do debate eu acho que sinceramente não gostei, a segunda foi melhor. Também temos de perceber que, quando há debates entre candidatos de um só partido, é quase inevitável saírem questões de intendência, questões internas, que normalmente prejudicam o partido a que as pessoas pertencem”, afirmou.

Na manhã seguinte ao debate, Rio disse ainda não ter ocasião de o ver, mas ficou com a sensação de que a primeira parte “é má, prejudica até ao PSD”, enquanto a segunda foi “mais construtiva”.

Questionado se se tratou de um ajuste de contas, o líder do PSD respondeu negativamente.

“Por aí também não vou, se fosse um ajuste de contas em vez de 15 ou 20 minutos eram três horas… Não é modelo que me agrade, mas reconheço que em debates entre candidatos do mesmo partido é quase sempre assim”, afirmou, recordando outros confrontos televisivos tensos no PS, entre António Costa e António José Seguro, por exemplo.

As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o congresso está marcado para entre 07 e 09 de fevereiro, em Viana do Castelo.

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