“Nós vamos ouvir agora, no congresso do PPE, os dois candidatos. Já tive oportunidade de falar com os dois, mas agora vamos aguardar, vamos ouvir. Na próxima semana, a Comissão Política do PSD vai decidir qual dos candidatos a apoiar”, disse o presidente social-democrata à entrada para a reunião do PPE, em Bruxelas.
Rui Rio respondia assim à questão sobre se a preferência do PSD para "spitzenkandidat" recairia no alemão Manfred Weber, atual líder do grupo parlamentar do PPE, ou em Alexander Stubb, o antigo primeiro-ministro finlandês, hoje confirmados como únicos candidatos da maior família política europeia à presidência da Comissão Europeia.
Instado a pronunciar-se sobre a fama de “falcões de austeridade” de ambos, Rio defendeu que o termo austeridade está hoje “muito banalizado”.
“Eu gosto mais do termo rigor e tudo o que seja rigor nas finanças públicas tem o meu apoio, portanto, por esse lado não me preocupa nem um candidato, nem o outro, porque eu acho que Portugal tem de seguir um caminho de rigor nas finanças públicas”, rematou.
O candidato do PPE à presidência da Comissão Europeia será escolhido pelos delegados do partido no Congresso de Helsínquia, que decorre entre 7 e 8 de novembro.
O presidente da Comissão é eleito pelo Parlamento Europeu sob proposta do Conselho Europeu - chefes de Estado e de Governo da União Europeia -, tendo em conta os resultados das eleições europeias, o que já sucedeu em 2014, quando o PPE, que apresentou como candidato Jean-Claude Juncker, foi o partido mais votado a nível europeu.
Antes, o Parlamento já tinha que dar o seu aval ao nome proposto pelo Conselho Europeu, mas este era escolhido pelos líderes europeus, tendo Durão Barroso sido o último presidente do executivo comunitário (2004-2014) a ser designado sem recurso ao método do "Spitzenkandidaten".
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