Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros explicou que a medida é uma resposta, nas mesmas condições, às sanções adotadas “nos últimos tempos” pela União Europeia contra cidadãos russos.

Com este aumento, que Moscovo comunicou antecipadamente à delegação da UE na capital russa, ambas as listas vão incluir o mesmo número de pessoas que são privadas do direito de entrar nos seus territórios.

A Rússia considerou que as acusações que serviram de justificação para as medidas adotadas contra os seus cidadãos por parte de Bruxelas são “absurdas”.

“A Federação Russa alertou várias vezes a UE contra o uso do instrumento que contradiz o direito internacional que impõe sanções unilaterais”, refere o comunicado.

Como a União Europeia ignorou essas advertências, a Rússia afirmou abertamente na época que se “arrogava o direito” de tomar medidas de resposta “comparáveis” às europeias.

A criação em meados de 2015 de uma lista negra de políticos europeus e líderes comunitários considerados ‘persona non grata’ abriu uma crise diplomática entre Moscovo e Bruxelas.

Embora a identidade dos alvos das novas sanções ainda seja desconhecida, a anterior lista negra russa incluía cerca de 30 atuais e antigos membros do Parlamento Europeu, responsáveis pelos serviços secretos das três repúblicas bálticas e altos militares da Alemanha, Reino Unido e Polónia, entre outros.

A proibição de entrar na União Europeia e o congelamento de bens a cidadãos russos foi adotado em resposta à violação da integridade territorial da Ucrânia, ou seja, a anexação russa da península da Crimeia e o apoio aos separatistas pró-russos na região ucraniana de Donbass.