O chefe do Estado Maior das Forças Armadas russas, general Valery Gerasimov, reuniu com um grupo de militares estrangeiros a quem transmitiu a ideia de que as atividades da NATO ao longo da fronteira da Rússia estão a aumentar as tensões políticas e militares.

Gerasimov afirmou que os cenários dos exercícios da NATO no leste da Europa “apontam para uma deliberada preparação da organização para o envolvimento das suas tropas num conflito militar em larga escala”.

O general russo diz que não antevê “nenhuma condição prévia para uma guerra de larga escala”, mas admite que a pressão ocidental sobre a Rússia pode “desencadear uma situação de crise” que pode sair de controlo e provocar um conflito militar, referindo-se aos exercícios militares que a NATO está a desenvolver.

As relações entre a Rússia e o ocidente estão no nível mais delicado desde o fim da Guerra Fria, depois da anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, em 2014, com o Kremlin a expressar repetidamente preocupações com o envio de forças da NATO para o Báltico, assim como com as manobras da Aliança junto à fronteira ocidental.

Na cimeira da NATO realizada este mês em Londres, os líderes dos países membros declararam a Rússia como um “risco” para a estabilidade militar global, assinalando as ameaças do Presidente russo, Vladimir Putin, de incremento de mísseis de médio alcance sobre a Europa.