O ministério dos Negócios Estrangeiros bielorrusso manifestou hoje a “intenção (…) de seguir todas as regras internacionais, de garantir uma transparência total, incluindo acolher, se necessário, peritos internacionais”, declarou Lavrov.
“Trata-se efetivamente uma abordagem razoável”, sublinhou no decurso de uma conferência de imprensa com o seu homólogo grego, Nikos Dendias, em Sochi, sul da Rússia.
“Defendemos uma avaliação desta situação que não seja precipitada (…) mas baseada em todas as informações disponíveis”, acrescentou Lavrov, ao considerar “importante” atuar, mas mantendo o “sangue-frio”.
Um avião da companhia Ryanair que fazia a ligação entre a Grécia e a Lituânia, dois países da União Europeia, foi intercetado no domingo pela aviação bielorrussa pouco antes de entrar no espaço aéreo lituano e por ordem do Presidente Alexandre Lukashenko, alegando um alerta de bomba que, segundo Minsk, se revelou falso.
Um opositor que seguia a bordo, Roman Protasevich, 26 anos, antigo chefe de redação do influente media da oposição bielorrusso Nexta, foi detido após a chegada do avião a Minsk. Desde novembro que era considerado um “terrorista” pelas autoridades da Bielorrússia.
Os ocidentais e os críticos do regime de Alexandre Lukashenko denunciaram um desvio de avião, com alguns a referirem-se inclusive a “terrorismo de Estado”.
Os países ocidentais e os membros da NATO, incluindo o Governo português, já condenaram o desvio do avião, assim como a detenção de Protasevich, e aludiram à aplicação de sanções e outras medidas contra o Governo bielorrusso.
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