“Os relatos de que há um certo burburinho nos aeroportos são muito exagerados”, disse o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov, durante uma conferência de imprensa, alertando para a existência de “muita informação falsa”.

Peskov respondia a uma pergunta sobre as notícias divulgadas em vários meios de comunicação sobre as filas de pessoas nos postos fronteiriços, tentando abandonar a Rússia, bem sobre a compra intensiva de passagens aéreas para destinos onde os russos não precisam de visto de entrada.

A mobilização parcial ordenada por Putin, na quarta-feira, para enfrentar os reveses militares na Ucrânia, provocou uma onda de protestos nas principais cidades russas, que resultaram em mais de 1.300 detidos.

O movimento pacifista Vesná (Primavera) convocou para sábado um novo protesto nacional contra a mobilização parcial.

“A mobilização já está a ocorrer ativamente em todo o país. Em breve, milhares dos nossos homens serão enviados para a frente de batalha. Podemos e devemos manifestar-nos contra isso!”, disse o movimento na conta da rede social Telegram.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 5.916 civis mortos e 8.616 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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