Naquela que foi a primeira viagem à Rússia desde que assumiu o cargo, em junho, Giuseppe Conte esteve reunido durante horas com Putin no Kremlin, em Moscovo, encontro após o qual entidades dos dois países assinaram acordos comerciais e de investimento, visando reforçar as relações bilaterais que foram afetadas pelas sanções da União Europeia contra a Rússia motivadas pela anexação da península da Crimeia na Ucrânia em 2014 e pelo apoio dado a um movimento insurgente no leste da Ucrânia.
“Para a Itália, as sanções não são um objetivo, são um instrumento que seria melhor deixar para trás”, frisou Giuseppe Conte, em declarações aos jornalistas após o encontro.
De acordo com o governante italiano, tais questões diplomáticas “provocaram uma divisão e bloquearam o diálogo”.
“Não podemos voltar a permitir isso, devemos deixar esse período, que já durou muito tempo, para trás”, vincou.
Na ocasião, Vladimir Putin observou que, em 2017, as trocas comerciais entre Rússia e Itália totalizaram 24 mil milhões de dólares (21 mil milhões de euros), o que compara com uma verba se quase 54 mil milhões de dólares (47 mil milhões de euros) em 2013, um ano antes das sanções de Bruxelas.
“Lamentavelmente, o peso de Itália no mercado russo diminuiu, mas a dimensão dos nossos laços económicos continuou forte”, referiu o responsável russo, sublinhando que foi ainda possível manter “relações de negócios muito calorosas” que são “apoiadas por todas as forças políticas” dos dois países.
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