O centro para o controlo do território separatista foi inaugurado pelo Ministro da Defesa do Azerbaijão, Zakir Hasanov, pelo vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, e pelo seu homólogo turco, Yunus Emre Karaosmanoglu.
A criação de um centro de observação consta do acordo de nove pontos assinado em 10 de novembro pelo Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, e pelo primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, com mediação russa, que pôs fim a uma guerra de 44 dias que causou a morte de mais de 5.500 soldados e de pelo menos 150 civis.
A participação de militares turcos foi posteriormente negociada por Ancara, que apoiou Bacu na guerra.
Até 120 soldados – 60 de cada uma das partes – trabalharão na monitorização do cessar-fogo, de acordo com a agência estatal russa TASS.
De acordo com o canal azeri ARB-24, o centro tem quatro torres de observação, uma sala de reuniões, uma sala de jantar para cem pessoas, um posto de primeiros socorros, uma oficina e uma loja.
Foram também construídas instalações desportivas, armazéns de alimentos e de refrigeração, uma estação de água, um gerador e um parque de estacionamento.
A tarefa dos soldados turcos e russos será “recolher, resumir e verificar informações sobre o cumprimento do regime de cessar-fogo e sobre ações que violem os acordos alcançados pelas partes”, segundo o ministério da Defesa russo.
O controlo do cessar-fogo será feito com a ajuda de ‘drones’ e mediante a análise de dados recebidos de outras fontes, acrescentou.
O centro terá linhas diretas de comunicação com o comando militar e com os órgãos de fiscalização do cessar-fogo do Azerbaijão e da Arménia, bem como com o quartel-general do contingente de paz russo.
A Rússia mobilizou quase 2.000 soldados para a área para garantir a paz nos próximos cinco anos.
No sábado, um grupo desses soldados mudou-se já da capital de Nagorno-Karabakh, Stepanakert (ou Xankendi para o Azerbaijão), para a cidade onde se situa o centro, segundo Moscovo.
O presidente azeri aproveitou a abertura do centro para felicitar o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, ao telefone, informou a Presidência azeri.
Durante o telefonema, os dois chefes de Estado manifestaram confiança de que o centro servirá para “garantir a paz e a segurança a longo prazo na região”.
Com o seu apoio a Bacu na guerra no Nagorno-Karabakh, a Turquia reforçou o seu papel no Cáucaso do Sul, uma região tradicionalmente dominada pela Rússia, e irá agora participar ativamente na restauração e reconstrução dos territórios recuperados pelo Azerbaijão, segundo a Presidência azeri.
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