A agência espacial norte-americana, a NASA, planeia uma missão tripulada à Lua em 2024 como primeiro passo de um objetivo maior: chegar a Marte.
Quanto à Roscosmos, a agência russa, está desde 2009 à espera que esteja concluída uma nave espacial de nova geração chamada ‘Federação’, com capacidade para seis tripulantes, cujo primeiro voo está planeado para 2022.
O projeto da empresa estatal ‘Energia’ tem sofrido sucessivos atrasos e o diretor-geral da Roscosmos, Dmitri Rogozin, admitiu na rede social ‘Twitter’ que foi preciso “despedir indolentes” responsáveis por problemas de organização.
Em 1969, por decreto da liderança comunista, os soviéticos não puderam ver em direto na televisão a chegada à Lua da missão Apolo 11, que levou os astronautas Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins ao solo lunar, onde ficou hasteada uma bandeira dos Estados Unidos.
“Considero, como considerei na altura, que o nosso povo foi roubado: o voo lunar foi um feito de toda a Humanidade”, afirmou em entrevista à agência Ria Novosti o cosmonauta Alexei Leonov, o primeiro ser humano a fazer uma caminhada espacial.
Leonov, com os outros cosmonautas, foi uma das únicas pessoas na União Soviética a conseguir assistir às imagens da descida do módulo lunar da Apolo 11 e ao desembarque dos astronautas Armstrong e Aldrin.
Era o seu nome que estava no topo da lista para a missão lunar soviética, que esteve prevista para acontecer em 1968, mas nunca se realizou.
A missão tripulada à Lua ficou congelada e, oficialmente, o foco passou a estar no envio de veículos automáticos não tripulados.
Na verdade, a URSS não tinha na altura um foguetão suficientemente potente e fiável para enviar humanos à Lua.
“Neil Armstrong é um dos heróis, mas não é o mais importante. Eu cresci a ver [o cosmonauta russo] Yuri Gagarin e o passo que o americano deu na Lua foi mais um na conquista do Espaço”, disse à agência Efe o cosmonauta Fiodor Yurshijin, com 60 anos e cinco voos espaciais no currículo.
Yurshijin afirmou que a Lua é “a primeira estação nas viagens interplanetárias tripuladas do futuro” e assinalou que “é um corpo celeste suficientemente grande para ali desenvolver a tecnologia que permita aos seres humanos viver noutro planeta”.
O cosmonauta considerou que a cooperação internacional é essencial para desenvolver a investigação, já que “nenhum país tem dinheiro para o conseguir isoladamente”.
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