Em causa está a proposta de aquisição de 75% da companhia aérea austríaca Laudamotion (da qual a Ryanair já detinha 24,9%).

“A Ryanair iniciou uma parceria com Niki Lauda no sentido de oferecer concorrência, tarifas baixas e mais opções de escolha para os consumidores na Áustria, Alemanha e Espanha, os países onde a Laudamotion oferece mais serviços”, refere em comunicado.

A companhia aérea irlandesa diz, no entanto, que a Laudamotion se encontra, de momento, sob ameaça por parte da Lufthansa, “que tenta retirar as nove aeronaves que se viu forçada a ceder à Laudamotion pela Comissão Europeia para lhe permitir reiniciar os seus serviços”.

“A entrega de algumas das aeronaves que a Lufthansa deveria ter cedido à Laudamotion foi adiada para após o verão de 2018, reduzindo a capacidade da companhia aérea Austríaca para adquirir slots e oferecer serviços neste verão”, refere a Ryanair, apelando às autoridades para estarem atentas aos “repetidos abusos por parte da Lufthansa da sua posição de domínio, que apenas resultarão na redução da concorrência e malefício dos consumidores”.

A decisão da Comissão Europeia para o projeto de aquisição do controle exclusivo da Laudamotion pela Ryanair foi hoje conhecido.

A Laudamotion, esclareceu a Comissão Europeia, é a empresa através da qual o ex-piloto de Fórmula 1 Niki Lauda readquiriu, em janeiro de 2018, os ativos da NIKI, a companhia aérea de lazer que criou em 2003 e que, posteriormente, tinha sido integrada na Air Berlin.

Os ativos da NIKI estavam à venda porque, em dezembro de 2017, a Lufthansa decidiu não adquirir a NIKI, tendo esta solicitado, em consequência, a abertura de um processo de insolvência.

A Laudamotion, registada na Áustria, adquiriu uma grande parte dos ativos da NIKI, tendo começado a explorar uma série de voos regulares de passageiros, principalmente com partidas da Alemanha, Áustria e Suíça para destinos no Mediterrâneo e nas ilhas Canárias.