“Quer como poeta, quer como teólogo, quer como sacerdote e dirigente da Igreja, José Tolentino de Mendonça caracteriza-se por duas qualidades essenciais: uma enorme liberdade pessoal e uma enorme afetividade”, afirmou Augusto Santos Silva aos jornalistas.
O cardeal José Tolentino de Mendonça venceu o Prémio Pessoa 2023, anunciou hoje o júri, numa conferência de imprensa no Palácio de Seteais, em Sintra.
Este prémio é uma iniciativa do semanário Expresso e da Caixa Geral de Depósitos, no valor de 60 mil euros, que “visa reconhecer a atividade de pessoas portuguesas com papel significativo na vida cultural e científica do país”.
O presidente do parlamento salientou que recebeu esta notícia com uma “enorme alegria” por ser um admirador do cardeal pela sua obra como teólogo, alegando que Tolentino de Mendonça tem um entendimento do cristianismo em geral que coloca essa mensagem ao nível do “rés-do-chão da vida quotidiana das pessoas”.
“Ainda gosto mais de uma pessoa que convive com o cardeal José Tolentino de Mendonça que é o poeta José Tolentino de Mendonça, que é, do meu ponto de vista, um dos maiores poetas vivos portugueses”, destacou Santos Silva, para quem a atribuição do prémio foi justa a merecida.
Os membros do júri consideraram que Tolentino de Mendonça é “uma das vozes fundamentais da poesia contemporânea portuguesa e europeia”, que, além das suas funções eclesiásticas, se tem destacado “no ensino universitário, no ensaio de reflexão teológica e filosófica e na poesia”.
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