"A mensagem fundamental é que não há oposição, antes complementaridade, entre a integração europeia e a relação transatlântica. Num momento em que uma forte corrente quer questionar aquilo que tem sido a tradição política americana desde há décadas é importante reforçar esta ideia", disse o ministro à agência Lusa.

No encontro, organizado pelo German Marshall Fund of the United States e com o título "Novos Desafios, Interesses Comuns: O Projeto Europeu e a Relação Transatlântica Hoje", Santos Silva recebeu perguntas sobre a nova administração americana e a ligação a movimentos nacionalistas europeus, como o apoio à saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

"Estão a ser levantadas dúvidas [em relação ao projeto europeu] ao mais alto nível institucional americano. É por isso muito importante que os europeus digam que não há qualquer oposição entre uma maior integração na Europa e a proximidade com os Estados Unidos", explicou o ministro.

Augusto Santos Silva respondeu também a perguntas sobre a saída do Reino Unido da UE e o que isso representa para a Europa, a participação dos países da UE na NATO e a crise dos refugiados.

Na segunda-feira, Santos Silva reuniu-se também hoje com o grupo de coordenação do ensino e leitores de português.

"Recebi muito boas indicações, confirmando as boas indicações que tinha sobre o estado do ensino do português nos EUA", disse o ministro.

Os três pontos principais, explica o responsável, são a introdução do português no grupo de exames que dão acesso à universidade, algo que acontece este ano pela primeira vez; o crescimento do número de alunos nos níveis de ensino básico e secundário; e, finalmente, o número de universidades que oferece bacharelatos, licenciaturas e especializações em português.

Hoje, pela manhã, Santos Silva encontra-se com os congressistas luso-americanos Devin Nunes, Jim Costa e David Valadão, reunindo-se da parte da tarde om o assessor de Segurança Nacional, tenente-general H. R. McMaster, e o senador John McCain.

O chefe da diplomacia portuguesa disse que na agenda destes encontros estão temas como "cooperação em matérias de segurança e o compromisso com a NATO", "novos desenvolvimentos e perspetivas na área económica e política" e "questões bilaterais na área da defesa."

O dia termina com um jantar com empresários luso-americanos, na residência oficial do embaixador de Portugal em Washington.

A viagem aos EUA termina na quarta-feira, com a participação na sessão plenária dos ministros dos Negócios Estrangeiros da coligação anti-Estado Islâmico, composta por 68 países e organizações internacionais.

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