De acordo com uma nota da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgada, nesses 53 países houve mais de 20 mil casos de sarampo em 2017, 35 deles mortais.
Na semana passada, o Centro Europeu de Controlo de Doenças dava conta de 14 mil casos de sarampo em 30 países europeus no ano passado, triplicando o número de casos da doença em 2016.
“Cada nova pessoa afetada pelo sarampo na Europa relembra-nos que crianças e adultos não vacinados, independentemente de onde vivam, continuam em risco de contrair a doença e de a passar a outros que possam ainda não estar vacinados. Mais de 20 mil casos de sarampo e 35 vidas perdidas em 2017 são uma tragédia que não podemos aceitar”, considera a diretora regional da OMS Europa, Zsuzsanna Jakab, numa nota hoje divulgada pela instituição.
A OMS recorda que os surtos de sarampo registados no ano passado afetaram um em cada quatro países da região europeia, tendo sido notificados surtos em 15 dos 53 países abrangidos pela OMS Europa.
Ministros da Saúde de 11 países vão encontrar-se na terça-feira em Montenegro para discutir a problemática das vacinas e debater formas de atingir taxas elevadas de vacinação.
O país europeu com mais casos reportados desde 1 de janeiro de 2017 até ao momento continua a ser a Roménia, seguido de Itália, da Ucrânia e da Grécia.
Em 2017, Portugal teve dois surtos simultâneos de sarampo (num total de 29 casos), que chegaram a provocar a morte de uma jovem de 17 anos.
O sarampo é uma doença grave, para a qual existe vacina, contudo, o Centro Europeu de Controlo de Doenças estima que haja uma elevada incidência de casos em crianças menores de um ano de idade, que ainda são muito novas para receber a primeira dose da vacina. Daí que reforce a importância de todos os outros grupos estarem vacinados de forma a que não apanhem nem transmitam a doença.
Segundo os dados de 2017, mais de 87% das pessoas que contraíram sarampo não estavam vacinadas.
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