Durante uma visita a Moscovo, Heiko Maas afirmou hoje que a Rússia está em condições de salvar o tratado de eliminação de armas nucleares de curto alcance (INF, na sigla em inglês), se acordar em destruir um míssil de cruzeiro (SSC-8) que, segundo os EUA e a NATO, violam esse pacto.

No ano passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que os EUA se iriam retirar do INF, a partir de fevereiro de 2019, por causa de sistemáticas violações por parte da Rússia.

“Acreditamos que a Rússia pode ainda salvar o tratado. Não é nenhum segredo que nós, juntamente com outros países da NATO, acreditamos que há um míssil de cruzeiro (russo) que o viola”, afirmou Maas, durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, acrescentando que “ninguém gostaria de ver uma nova corrida ao armamento”.

O tratado INF, de 1987, assinado entre os Estados Unidos e a União Soviética, proíbe a produção, o teste e a implantação de mísseis de cruzeiro terrestres e mísseis balísticos com um alcance de 500 a 5.500 quilómetros.

A Alemanha e outros países europeus estão particularmente preocupados com o iminente colapso do tratado, já que a Europa é o continente onde os EUA provavelmente colocarão os mísseis de alcance intermédio, a que a Rússia já disse que responderia de forma direta.

O ministro russo dos negócios estrangeiros insistiu hoje na ideia de que a Rússia nunca violou o tratado e acrescentou que a responsabilidade do fim do tratado é exclusivamente dos EUA.

Num outro tema, Sergey Lavrov confirmou hoje, na conferência de imprensa conjunta, que o Presidente russo, Vladimir Putin, aceitou a proposta de Berlim de enviar especialistas alemães e franceses ao estreito de Kerch, para verificar a livre navegação nessa zona marítima.

“Contudo, mais de um mês já passou (desde o anúncio) e não assistimos a nenhuma missão”, afirmou o ministro russo dos negócios estrangeiros, acrescentando que a Rússia mantém a disponibilidade para essa visita de especialistas, em qualquer altura.

Em 25 de novembro do ano passado, três navios ucranianos foram apreendidos pela guarda costeira russa, por alegadamente violarem as águas territoriais junto à península da Crimeia, levando Kiev a acusar Moscovo de um “ato de agressão”, que foi condenado pela comunidade internacional.

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