"Ao realizar esta conferência dedicada às desigualdades, o PS está a fazer uma homenagem ao seu património genético, porque o PS é o partido da liberdade, mas também é o partido da igualdade. Em tempos de crise, estes valores ganham importância acrescida como forma de diferenciação dos projetos políticos", sustentou.

Sob o painel intitulado, "Desigualdade, território e políticas públicas", Ana Catarina Mendes advertiu que "quem desistir de se questionar, de debater e de confrontar" ao nível ideológico "acabará por descair no pragmatismo - um pragmatismo de uma gestão sem rumo".

"Para que o PS não desista de perceber para onde quer ir, importa a aliar a gestão das conjunturas ao debate sobre os valores fundamentais", sustentou ainda a secretária-geral adjunta dos socialistas.

Ana Catarina Mendes defendeu ainda a necessidade de uma atitude de "inquietude permanente" política, visando por "uma capacidade transformadora e progressista para uma sociedade mais solidária e justa".

"O princípio do não retrocesso dos direitos fundamentais não pode ser apenas uma opção política, tem de ser um modo de vida dos socialistas", disse, num discurso em que colocou em contraste "o socialismo da esquerda democrático e o individualismo".

A conferência do PS que decorre em Coimbra, no Convento de São Francisco, termina hoje com uma intervenção do líder socialista e primeiro-ministro, António Costa.