Em comunicado à bolsa australiana, a empresa, com 91 aparelhos, indicou que esta decisão “consiste em garantir o futuro do grupo Virgin Australia e o renascimento após a crise da covid-19″.

“A Austrália precisa de uma segunda companhia aérea e estamos determinados a manter os nossos voos”, acrescentou o presidente da empresa, Paul Scurrah, na mesma nota.

Com uma dívida de cerca de cinco mil milhões de dólares australianos (2,9 mil milhões de euros), a empresa tinha pedido às autoridades australianas um empréstimo de 1,4 mil milhões de dólares australianos para manter as operações, mas o Governo liderado por Scott Morrison recusou.

A companhia pertence a várias firmas, incluindo o grupo Virgin, do magnata britânico Richard Branson, detentor de 10% do capital.

Quatro peritos da auditora Deloitte foram designados como administradores.

A Virgin Australia, já com problemas financeiros antes da epidemia da covid-19, suspendeu todos os voos internacionais, após a decisão do Governo australiano de fechar as fronteiras aos estrangeiros para impedir a propagação da doença.

Cerca de oito mil dos dez mil funcionários estão em desemprego técnico.

O setor aéreo australiano, dominado pela Qantas e pela Virgin Australia, beneficiou de um plano de ajuda do Governo federal no valor de 715 milhões de dólares australianos, na sequência da suspensão dos voos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 168 mil mortos e infetou mais de 2,4 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.