No polémico vídeo, Alexandre Benalla, equipado com um capacete da polícia, aparece a segurar uma jovem pelo pescoço. Pouco depois, agride violentamente um manifestante que já estava no chão, cercado por agentes da polícia de choque.

O caso foi denunciado pelo jornal francês Le Monde. O diretor do gabinete de Emmanuel Macron, Patrick Strzoda, confirmou posteriormente que Benalla era o homem do vídeo.

O Ministério Público de Paris informou que Benalla foi detido e acusado de atos de violência, usurpação de cargo e utilização ilegal de insígnias reservadas às autoridades públicas, assim como de cumplicidade no desvio de imagens de câmaras de segurança.

Também nesta investigação, três polícias foram suspensos por terem extraído imagens das câmaras de vigilância e de as terem entregado a Benalla, avançou uma fonte próxima do caso.

Benalla foi o responsável pela segurança de Macron durante a campanha presidencial, antes de ser nomeado "responsável de missão" no Eliseu.

Em maio, Benalla foi suspenso por duas semanas. Depois, voltou ao trabalho, mas foi transferido para outro posto para realizar tarefas administrativas. Recebeu "a sanção mais grave já aplicada a um responsável de missão do Eliseu", informou um porta-voz da Presidência francesa esta quinta-feira.

Todavia, vários políticos exigiram a demissão de Benalla, assim como a abertura de uma investigação contra o segurança, o que veio a confirmar-se.